Depois do susto dia anterior e medo de pilotar na BR101 a noite cheia de obras, acordamos em Camboriú as 6h da matina. Foram somente 5h de sono (hotel pulguento, mas perfeito para minhas costas. Era o dia da reta final. Cadu e eu seguimos direto para Joinville, onde nós e as motos tomaram seus cafés.
Sem chuvas, graças. O cansaço era vencido pelo sentimento de poder em algumas horas chegar em casa. Na serra até Curitiba eu e Cadu perdermos o contato dado a quantidade absurda de caminhão indo para São Paulo na manhã de Domingo.
Parei no alto da serra no último pedágio e depois de esperar consegui a informação que um boulevard com um "frigobar" na garupa havia passado fazia 15 minutos.
A chuva voltou em Miracatu, mas água já não era mais problema, nem capa coloquei e ela percebeu e foi embora em 15 minutos. "Eu perdi o meu medo da chuva". Rs! Tirando o calor absurdo de dividir a serra na BR116 com caminhões foi uma volta muito tranquila.
Cheguei em SP com a alma lavada foram 4.477km rodados. Muitas imagens, sentimentos, cheiros da estrada e amigos do bem.
É impossível escrever o que senti ao descer da moto. Para quem nunca teve a oportunidade... Vale muito a pena!
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Torres a Blumenau (Bnu)
tomei cafe mais tarde, um belo domingo de sol. O nó no estomago por causa do acidente ja tinha afrouxado um pouco...
Botei bermuda, tenis, peguei a moto e fui ver como tava o Jr no hospital; tudo tranquilo, tinha tomado cafe, sem dor, bem tratado e atendido.
O transporte da seguradora, para leva-lo ao aeroporto de POA estava confirmado pras 14h, entao aproveitei o resto da manha pra passear um pouco em Torres. A praia ja estava cheia, depois subi até o morro do Farol, onde o pessoal decola com com os paragliders, cheio de voadores, papo com outros motociclistas que foram conferir a buleva, e sol na testa.
Voltei ao hotel, arrumei a tralha, acertei a conta e retornei ao hospital, fechamos os alforjes do paciente, o medico deu as instrucoes e docs pra levar pra SP, logo chegou o carro, acomodamos o Jr, e tchau, boa viagem, manda noticias.
Fiquei com o capacete e botas dele pra facilitar o transito no aviao, e tambem com o chapeu, aquele comprado na recoleta (vc precisa mais dele do que eu, disse o Jr, olhando para a minha calva vermelha do sol, rsss...). Depois entrego td junto com a moto.
Ainda parei num borracheiro pra arrumar uma tira de camera de pneu pra amarrar o capacete extra, e pouco antes da 15h mandei bala na BR101.
Otima tarde de domingo, transito até que pouco, fora o engarrafamento no pedagio de Palhoça. O sol, o vento, e o horizonte sem chuva, uma beleza. 400km e 5 horas depois tava em casa.
